E quando for embora, vai com aquele olhar...
Aquele de vontade combatida
Desejo reprimido
Imã forçosamente separado da matriz
As pernas teimando em prosseguir e todo o resto querendo ficar
E quando for embora, fico eu com meu olhar...
Perdido, ainda olhando, agora, para estranhos.
Ansiando por uma volta
Desejando buscá-lo ou ir-se contigo
Imã forçosamente separado da matriz
As pernas teimando em não obedecer à decisão de dar as costas
E quando voltas
Os olhares se procuram como imãs
E as pernas querem apressar obedecendo à vontade
Então é reencontro, é sede começando a ser saciada.
É desejo e são sorrisos
Quem sabe até algumas lágrimas
Já bate o medo da partida, logo ali na chegada.